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quinta-feira, maio 05, 2005


Jorge Palma só e bem acompanhado no Coliseu




Jorge Palma só e bem acompanhado no Coliseu


Jorge Palma só e bem acompanhado no Coliseu','O Comercio do Porto');
"As canções é que eram esmagadoras e bebemos gota a gota cada nota, cada palavra; várias vezes a sala ficou de pé no fim das canções, não pelo interesse de assegurar mais algumas músicas de encore - apenas por amor". David Ferreira descreve assim o amigo Jorge Palma no Teatro Villaret, em Junho de 2002. Ao "Norte" que o cantor/autor espalhou, anteontem, no enorme Coliseu do Porto, não falhou o público, nem faltou paixão ou intimidade. No meio de memórias e novos sons ficou-se ávido de mais piano ponteado pela voz do eterno rebelde. Menino feito homem, Palma veio ao Norte vindo do "Norte". O desejado álbum - que saiu em 2004 - chegou em forma de concerto ao Porto. E a casa compôs-se para o receber. O cantautor apresentou-se em palco um tanto depois da hora. Veio de rompante. Como se não fosse previsto começar naquele momento. Fixou-se perante as palmas. Com os dedos embriagados de notas, arrancou sozinho, a gosto de muitos, com "Acorda Menina Linda" na viola, embalando de seguida para o piano em "Essa Miúda". Assim se esperava que ficasse. Com o piano. Talvez a viola de quando em vez. Mas excelentes músicos - Marco Nunes (Blind Zero) e Miguel Ferreira (Clã) foram duas das celebridades - ajudaram a provar quanto vale o último trabalho, "Norte", num meio caminho entre o que sempre fez e o que parece ser um novo rumo a encontrar. "Só" e "Disse Fêmea" remataram um "Tempo de Assassinos" e "Dormia Tão Sossegada". Palma teve a desfavor o som que sempre se perde no Coliseu. A voz continua inconfundível. Até quando se sentem as cordas a romper a idade, o cansaço, as noites perdidas entre música e companhias. Nada que o público - conhecedor das letras - não resolva, acompanhando a "Minha Senhora da Solidão", o jazzístico "Frágil", a suave "Estrela do Mar" e a "Canção de Lisboa". Vicente Palma veio da "Terra dos Sonhos". Emparelhoou com o pai em boa hora. Combinam-se. Uma voz tem a doçura da idade e o jeito hereditário, a outra o rasgo do génio e da experiência. Momento curto, mas saboroso como a "Maça de Junho". A caminho do fim, "Portugal, Portugal". A pedido dos nortenhos, "Dá-me Lume" e "A Gente Vai Continuar". O público pareceu soar: "Adeus, foi um prazer!/disseram a cantar/mantém a mesa posta/porque havemos de voltar"...


publicado por: joel

e-mail:joelfonseca71@hotmail.com




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